Autora: Rosana Ouriques
Editora: Insular
Páginas: 226
Ano: 2017
Gênero: Fantasia/Romance/Literatura Nacional

Sinopse: Obra inspirada nos mitos de diversas culturas e na teoria do Multiverso, os universos paralelos.
Quatro mundos paralelos: o Mundo superior "Terra Pura", morada dos deuses-guardiões dos elementos; o mundo inferior "Terra Sombria", morada dos seres híbridos e antropomórficos, o mundo interior "Terra Sem Males", habitação dos morbitanos e o mundos paralelo "Terra da Ilusão" onde vive nossa personagem principal Angak. Uma história que pode despertar no leitor uma busca pelo sentido da vida. Essa busca é apresentada como um caminho de questionamentos e possibilidades que aquiescem com os conceitos das principais tradições religiosas da antiguidade e por considerações da atualidade. Uma leitura fascinante cheia de aventuras e fantasia.
Mundos Paralelos: A Ponte é o primeiro livro da série Mundos Paralelos. Vamos conhecer Angak, Anah, Nandecy e outros personagens que fazem parte da trama criada.
Angak é uma jovem muito curiosa, quer sempre saber mais e se interessa pelos mistérios que envolvem os mitos e as lendas, ela está sempre procurando conhecer mais sobre outros mundos. Os avós e pais de Angak colecionavam vários artigos religiosos e quando ela resolvia mexer naqueles artefatos, ela ficava horas no porão. Ela é especial, tem o dom da segunda visão que todos acreditavam que somente os anciãos poderiam ter. As visões que ela tem a deixam confusa, nem sempre ela entende o que elas significam. A irmã de Angak é uma sacerdotisa da terra, ela cultiva todo tipo de plantas e o que mais gosta de fazer é ficar na sua estufa cuidando de todo as espécies.
Dentro de um mesmo capítulo vamos ver o que está acontecendo no mundo de Angak e também o que se passa nos mundos paralelos, nos mundos inferior e superior. Os seres do mundo superior recebem uma mensagem, nela diz que os seres do mundo inferior estão atravessando a ponte que da acesso ao mundo dos humanos, os filhos de Asha, o guardião do fogo, é que irão atrás dos seres inferiores para impedir que eles encontrem Angak, mas eles não conseguem impedir que os seres inferiores a encontrem.
Angak passa por momentos tristes, se sente sem força para lutar contra o que a está fazendo se sentir assim, mas com a ajuda de sua irmã Anah e Nandecy, ela começa se recuperar e logo estará pronta para as revelações que estão por vir.
⎼ Minha querida. É bem verdade que lhe fizeram mal, mas cada um de nós possui dentro de si duas naturezas: o bem e também o mal; a fraqueza e também a força. É você quem decide qual natureza estará no comando, quem será o chefe. E não esqueça: o poder pertence àquele que o deseja. Para ser forte é preciso primeiro desejar. Acreditar.
Nandecy conta algumas histórias para Angak, ela fica fascinada e nem imagina que tudo aquilo é verdadeiro, ela conta a história sobre o Deus da Terra que se transformou em mulher e que sua missão é passar um bracelete para uma pessoa muito especial, quem receber esse presente terá o dom dos quatro guardiões e Angak jamais imaginou que era ela quem receberia o bracelete, ela é a chave para algo maior, algo que ela jamais imaginou que faria parte.
As palavras de Nandecy lhe soaram aos ouvidos como se tivessem sido ditas a apenas uns poucos segundos: o deus do fogo faz com que a pessoa seja capaz de transformar-se em um animal ou planta, o deus do ar da à pessoa a capacidade de voar, o deus da terra concede o poder de camuflar-se ficando praticamente invisível, e o deus da água faz a pessoa tornar-se translúcida sendo possível ainda vê-la, mas impossível tocá-la ou atingi-la de qualquer forma.
A autora criou uma trama complexa que em alguns momentos eu tive que parar a leitura e organizar as ideias, pois eu me via um pouco perdida em meio aos mundos paralelos, mas isso é algo que acontece sempre comigo com tramas elaboradas dessa maneira. Angak não me conquistou de cara, confesso que achei ela um pouco fraca no início, mas conforme fui conhecendo mais da personagem fui me envolvendo um pouco mais, quem mais chamou a minha atenção foi Nandecy e quando ela revela quem é de verdade fiquei mais fascinada.
A leitura fluiu de uma forma um pouco cansativa às vezes, quando algo interessante acontecia e eu imaginava que a leitura tomaria um ritmo mais fluido, Angak começava a divagar, pensar e a filosofia de todos esses pensamentos fazia quebrar o ritmo da leitura. A editora não teve muito cuidado com a revisão, encontrei vários erros. O tempo em que se passa a história não é descrito, em alguns momentos pensei na era medieval devido algumas características citadas, mas depois me deparava com outras características que me fazia pensar que não era nada do que pensava, isso também me fez ficar um pouco perdida. A autora me disse que o segundo livro vai ser menos filosófico que esse, com relação aos erros, ela disse que uma revisão foi feita para a segunda edição. O tempo em que se passa a trama vai ser revelado nos próximos livros, gostei que a autora falou comigo sobre esses pontos negativo, isso demonstra que ela está preparada para receber as criticas de forma positiva e fazer o que for possível para que os próximos lançamentos agradem cada vez mais os leitores.
Eu recomendo o livro independente da classificação que tenha dado, e claro que eu quero ler a continuação, pois é incrível a trama que a autora criou, quero saber o que vai acontecer com Angak e os outros personagens.