25 novembro, 2016

Resenha - Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática

Título: Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática
Autora: Thalita Rebouças
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2016
Gênero: Literatura Nacional
Sinopse: Tetê acaba de se mudar com a família toda para Copacabana, no Rio de Janeiro, para a casa dos avós. O lindo e espaçoso apartamento da Barra da Tijuca em que morava teve que ser vendido, pois com a crise o pai foi demitido, e o resultado é que a vida dela virou de cabeça para baixo. Além de perder a privacidade, tendo que dividir o espaço com cinco parentes malucos que brigam o tempo todo, ela perdeu todas as suas referências. A única coisa que a deixa feliz é cozinhar. E, claro, comer as delícias que faz.
O lado bom foi se livrar do antigo colégio, no qual sofria bullying por causa de seu jeito peculiar. Sem contar sua desilusão amorosa... O problema é que ela está apavorada, porque agora tudo será novo e estranho, com o ensino médio, com a nova escola, e sem conhecer ninguém. E morre de medo de ser excluída ou de sofrer bullying novamente. Ela está bem mal, para dizer a verdade. Ou talvez seja um pouco de drama, porque já no primeiro dia as coisas parecem ser um pouco diferentes... Pelo jeito, tudo vai mudar, e para melhor.
 Esse é primeiro livro que leio da autora, embora seja um livro direcionado para leitores jovens, a leitura é muito divertida e prazerosa, um livro ótimo para ler em uma tarde de verão.

Já na primeira página dá para notar o tom divertido na escrita da autora. Tetê já me conquistou logo na primeira aparição. Pelo visto ela adora cozinhar e é na cozinha que se sente feliz e a vontade, já adianto que o livro traz algumas receitas muito simples e que com certeza eu vou experimentar.

Tetê tem 15 anos, não tem namorado e está passando pelas transições da adolescência, seus pais acreditam que há algo de errado com ela, pois Tetê não tem namorado, não tem amigos e não vai a festas, assim sua mãe resolve marcar uma consulta com um psiquiatra, para resolver “os problemas da filha”.
Sim! Você leu certo! Lástima das lástimas! Terror dos terrores! Meu nome é realmente Teanira. TE-ANI-RA. Tem como uma pessoa que se chama Teanira ser cem por cento feliz?
Tetê chega ao psiquiatra e acaba se sentindo bem a vontade, fala sobre não gostar do seu nome, da sua fisionomia, que não é convidada para nenhum evento. Ela não entende porque tem que seguir certos padrões para ser aceita, padrões como: depilar as axilas e tirar o buço (gente quase morri com a Tetê). Tudo que ela sente é típico da idade, é muito tímida, não gosta de exercícios, sofre com os apelidos que ganha dos colegas.

Ainda para complicar um pouco mais as coisas, os pais estão com o casamento em crise, eles resolvem se separar, mas como seu pai acabou de perder o emprego, sua mãe decide que o melhor é continuar a morarem juntos, assim diminui os gastos, eles acabam se mudando para a casa dos pais de sua mãe, agora Tetê terá que conviver também com sua avó que é muito fofoqueira e se mete em tudo, seu avô que ela ama muito e seu bisavô que é uma figura.


Ela vai começar o ensino médio em uma escola nova e isso a assusta bastante, o bom disso é que pode ser um recomeço e fazer novas amizades, deixar para traz a antiga escola, os colegas, os apelidos e toda aquela fase ruim.

O primeiro dia na escola está indo muito bem, ela conhece dois meninos, mas como sempre ela se enrola, fala demais e exatamente o que não deveria rsrsrs.
Tetê encontra amigos, amigos de verdade, está mudando, se tornando mais segura, sua autoestima está aumentando, ela está aprendendo que se cuidar faz bem e que tem que fazer isso por ela e mais ninguém e assim as coisas mágicas vão acontecendo, o primeiro beijo, a primeira festa e dois garotos lindos disputando a sua companhia.
E a segunda-feira correu bem, apesar do ataque de riso, do pum do qual eu virei a dona e do apelido infame. Quem liga para isso? Eu agora tenho amigos!, era a frase que não saia da minha cabeça.
Sabe o ditado “a males que vem para o bem” é bem isso que acontece, ela se viu livre da escola antiga, dos colegas, dos apelidos, perdeu um tanto da sua privacidade já que precisa dividir o quarto com o seu bisavô, mas em troca ganhou muito, e o principal são as amizades. Claro que nem tudo é uma maravilha, pois no seu caminho esta sempre uma garota que faz questão de humilha-la, mas quando essa menina, a Valentina, se vê em uma situação bastante constrangedora, Tetê poderia tirar vantagem, mas pelo contrario, ela fica chateada com a situação, pois sabe bem como é passar por isso.

A leitura flui de uma maneira rápida e bastante envolvente, adorei conhecer a Tetê, poder conferir os papos dela com o psiquiatra que acabou virando um amigo. A autora tem uma escrita divertida e trata de temas bem jovens de uma maneira leve e com muito alto astral e acredito que é por isso que muitos leitores amam os seus livros.
Leitura recomendada!!

8 comentários

  1. Oie!
    Me lembro que quando era mais nova costumava ler TODOS os livros da Thalita. Hoje acho a escrita dela bem jovial e não sei se ainda gosto tanto mas leio algumas crônicas. Como essa se trata de uma só história, não sei se vou gostar tanto.
    Mas, valeu a dica :)

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  2. OI Liziane, tudo bem? Tenho esse livro a algum tempo, mas estou sempre atrasando a leitura dele. Sua resenha me deixou animada. Saber que a escrita é divertida e fluida é um incentivo a mais para dar inicio. Obrigada pela dica. Beijos

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  3. Oiii Lizi, que resenha incrível menina!
    Confesso que tenha certa curiosidade em querer ler esse livro o quanto antes, as fotos ficaram um amor e fiquei com água na boca :p
    Abraços

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  4. Nunca li nada da autora, mas só vejo comentários positivos sobre seus livros. Quero começar algum dela, mas não sei por qual. Achei o título deste livro bem chamativo e a sinopse me aparenta ser um livro que me cativaria

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  5. Oi Lizi,
    Não li a obra, mas logo de cara não me agradei dela devido ao machismo inerente no título, então debati sobre ela algumas vezes com algumas amigas parceiras da editora que leram e definitivamente não é um livro que eu queira ler e tampouco que eu daria para minha filha ler.
    Pais que levam a filha para o psiquiatra simplesmente por ela não ter um namorado? Pra mim esses pais é que precisam do psiquiatra.
    Beijos, sua resenha está excelente, mas essa dica eu deixo passar.

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  6. Oie
    eu li o livro assim que lançou e infelizmente foi uma leitura que mais me incomodou que tudo, por inumeros motivos, a unica coisa positiva foi a edição pra mim, mas bem legal sua resenha

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  7. Olá!

    Bem, eu tenho muita curiosidade de ler algo da Thalita, no entanto, tenho certo medo, pois já vi alguns comentários sobre o "machismo" que ela aplica em suas obras, coisas relacionadas a padrões sociais. Enfim... Fiquei animada pois você gostou, quem sabe eu leio esse!

    Bjus

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  8. Tive sérios problemas com esse livro, ele reforça uns estereótipos bem ruins e só o título realmente já me deixava desconfiada e até comentei isso na resenha, e o melhor é que só notei certas coisas nele dias depois de ler, quando fui refletindo sobre.

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