29 agosto, 2016

Resenha - Carta de amor aos mortos

Título: Carta de amor aos mortos
Autor: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Ano: 2014
Gênero: Ficção/ Infanto Juvenil
Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
 UAU... é assim que começo essa resenha desse livro incrível, sem dúvida ele entrou para a minha lista de favoritos. Ao som de Amy eu vou explorar meus sentimentos com esse livro.
Laurel parece uma garota comum, com uma vida normal, a garota nova recém entrada no ensino médio e que não conhece ninguém. Mas o que descobriremos é que 6 meses atrás sua irmã mais velha morreu e ela por mais que queira superar essa grande perda, não consegue. Sendo que na aula de inglês a professora passa uma inusitada tarefa que é escrever para alguém que já morreu, para explorar os sentimentos. O que a professora não sabe é que isso vai ser uma tabua de salvação para a Laurel que começa a escrever para todos os ídolos que de alguma forma apareceu na sua vida e fez algum impacto. É nessas cartas que Laurel abre seu coração e expõe seu sofrimento e o mistério que envolve a morte de sua irmã. Descobrimos mais sobre May, irmã da Laurel, e Sky um garoto que chama sua atenção.

" Os olhos dele eram como sua voz, Kurt - uma chave que abria algo em mim" (Pág. 14)
As cartas que a Laurel escreve são tão pessoais, cobertas de dor e sofrimento por trás das palavras. Ela mostra de uma forma elegante o outro lado da dor, a interiorização do sofrimento da Laurel e conseguimos sentir através da sua escrita a agonia com o que aconteceu a sua irmã. E a culpa que cada vez mais a sufoca, também vemos a relação familiar que não ajuda em nada, já que a mãe foi embora e a deixou depois da morte da irmã, justo quando ela mais precisava e isso só faz ela se sentir mais culpada, pois de acordo com sua opinião a mãe a abandonou porque a culpava de alguma forma.

"Nirvana""significa liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado aos cacos." (Pág. 197)
Alguns dos ídolos é o Kurt Cobain, cantor favorito da May. A Amy Winehouse que é a cantora favorita de uma de suas novas amigas. Dá para perceber que é um livro com uma trilha sonora maravilhosa. E nem vamos citar a Janis Joplin que era uma cantora ótima e que depois desse livro me fez amar ela cada vez mais.

"Sei que escrevi cartas para pessoas sem endereço neste mundo. Sei que vocês estão mortos. Mas posso ouvir vocês. Ouço todos vocês. Nós estivemos aqui. Nossa vida teve valor." (Pág. 324)

O livro ele quer mostrar como se encontrar depois que perdemos alguém, porque consequentemente quando perdemos alguém também nos perdemos. E isso é o que acontece com a Laurel, quando tudo aconteceu ela era muita nova e ainda não tinha uma identidade formada e com a morte de May, ela tentou se tornar a irmã por pensar que seria melhor ser descolada e corajosa como sua irmã era. Mas depois ela vai percebendo que todos nós temos falhas e nosso destino é ser o que realmente queremos ser, ou seja, nós mesmos.

"Sabe por que se apaixonar é o que pode acontecer de mais profundo com uma pessoa? Porque quando estamos apaixonados, estamos totalmente em perigo e completamente salvos, os dois ao mesmo tempo." (Pág. 158) 




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