20 maio, 2014

Entrevista com Andrei Simões

Olá, pessoal!!
Hoje tem entrevista com o autor do livro Zon - O Rei Do Nada.


Sinopse: Como seria reinar sobre absolutamente nada? Em Zon – O rei do nada, os leitores entrarão em contato com uma narrativa profunda e intensa, na qual conhecerão um personagem que precisa invadir mentes e consciências para continuar vivendo. E ele só ficará totalmente satisfeito se, no fim, destruir as crenças daqueles que domina. Dessa forma, abre espaço para que ele mesmo seja o substituto e se torne a grande divindade do universo. Porém, quando descobre que outras forças também trabalham em sua mente, Zon se vê preso num paradoxo, e já não tem certeza de que conseguirá dominar a realidade com tanta rapidez. Ao mesmo tempo em que constrói novas crenças, destrói sua própria existência. Quem estaria por trás desse controle? Conseguirá Zon permanecer vivo e são? Zon – O rei do nada é uma aventura fantástica onde verdade e mentira, realidade e ficção se misturam, fazendo com que até o mais calmo leitor estremeça diante das profundas descobertas. 

Entrevista:
1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 
O primeiro contato que me lembro foi ao ler O Pequeno Príncipe, livro que ainda releio esporadicamente. A união de filosofia e entretenimento me marcou tanto que é basicamente o que faço em minhas obras.

2. Na infância, qual era sua relação com os livros? 
Muito amigável. Durante a infância li bastante. Fui devidamente orientado por meus pais e familiares e tive contato com literatura infantil de primeira qualidade, como Monteiro Lobato e muitos livros da excelente Coleção Vagalume.

3. Quando você começou a escrever? 
Aos treze escrevi minha primeira poesia. Aos quinze, o primeiro livro. São nove escritos, dois publicados em papel.

4. Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
Minha inspiração é o inconformismo e a ausência de luz. Referências, Guy de Maupassant, Kafka, Clive Barker, Lovecraft. Mas são referências que também uso para me distanciar de seus estilos, em busca de um estilo próprio.

5. Quanto tempo levou para escrever seu livro e como foi a experiência? 
O Zon foi escrito em 2000, durante um período de seis meses. Ao longo dos anos, trocas de capítulos, revisões e mais revisões, então eu diria, no total, 13 anos. 

6. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro? 
Hoje, estar em frente à uma câmera imediatamente te torna mais importante, independente de sua competência. Viver em um país que valoriza tão irracionalmente o culto à estética é um revés para escritores, já que somos essencialmente invisíveis. E ser escritor no Brasil é nadar contra a maré desta cultura de hiperestimulação visual. Então, não é fácil. 

7. Como você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto à ela?
Eu tenho esperança no crescimento do mercado literário brasileiro e consequentemente. As editoras independentes e blogs têm sido fundamentais para este crescimento. Vejo muitos bons lançamentos dentro deste mercado, que fogem ao padrão best-seller adolescente ou de biografias. Há espaço para todos os estilos e as editoras independentes entendem bem isso.

8. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
Impossível responder a esta pergunta. Neste exato segundo, eu diria “A metamorfose”, de Kafka. Mas posso lembrar de pelo menos 10 livros fundamentais para minha existência.

9. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
“Os capitães da areia” de Jorge Amado. Pela relevância e atualidade do tema. 

Beijão a todos!!

6 comentários

  1. Oie :)
    Gostei bastante da entrevista!!!
    Nossa com quinze anos ele escreveu o primeiro livro *O*
    Bem, novo.
    Tenho bastante curiosidade em ler seu livro!!!
    Beijos
    http://cupcakedeletras.blogspot.com.br/

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  2. 13 anos para escrever um livro? Caramba....
    Bjs, Rose

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  3. Livro muito bom. E um autor muito agradavel.
    Me identifiquei muito com ele! O pequeno principe não foi o primeiro livro que li, mas é o que carrego comigo da minha infancia até hoje. Vejo ele como um livro espetacular, aos olhos de uma criança uma historinha divertida e fantasiosa, aos olhos de um adulto grandes lições de vida!
    E minha infância também foi com a leitura da série vagalumes! Minha mãe tinha a série quase completa! Adorava aqueles livros...
    Parabens ao autor pelo livro espetacular e pela simpatia!

    Muito sucesso...

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  4. Quando vi esse livro por dentro simplesmente me apaixonei, a narrativa parece muito boa e os desenhos são lindos. Mas diferente dele não gostei de Capitães da areia...

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  5. Ser escritor no Brasil não é fácil, infelizmente. O bom é que as coisas estão começando a melhorar, em um ritmo bem lento, mas pelo menos está.
    Já li algumas resenhas sobre "Zon" e achei bem interessante, pois tem essa pegada filosófica/reflexiva bem interessante.

    @_Dom_Dom

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  6. Gostei muito da entrevista com o autor que criou essa obra-prima que é Zon, um livro intenso que nos causa muitas reflexões e dá o que falar. Tenho muita vontade de um dia ler esse livro e desejo muito sucesso ao autor para que ele possa nos propiciar livros tão bons quanto este.

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