26 fevereiro, 2014

Semana Lost Boys - Conheça um pouco mais da autora e trilogia


Matéria do site Bol Notícias
'Escrevi em inglês para ser lida', diz autora Lilian Carmine

A inglesa Gillian Green ouviu a dica de um colega: "Dá uma olhada nesta história". 
Diretora de ficção de um selo comercial na Random House britânica, com a meta de lançar 35 potenciais sucessos ao ano, ela tende a receber mais dicas do que pode administrar -o site da editora, a maior do mundo, diz que menos de 1% dos originais não solicitados são publicados. 
Aquela foi uma ocasião em que se sentiu impelida a ir atrás. As circunstâncias favoreciam. A tal história, "The Lost Boys", era a mais lida do Wattpad, misto de rede social e site de autopublicação que ainda não emplacou no Brasil, mas que no exterior é chamado de "YouTube do texto".

Iniciada no começo de 2010, a trama, escrita em inglês e assinada por Lilian Carmine, logo se destacou entre os 10 milhões de narrativas em série do site canadense, postadas e/ou lidas por 14 milhões de usuários. 
No fim de 2012, quando Gillian leu "The Lost Boys", o Wattpad sinalizava 32 milhões de visualizações para os 49 capítulos do livro, postados cada um em uma página, ou uma média de 650 mil leituras da história inteira. 
Por bem menos que isso --15 milhões de visualizações--, a americana Brittany Geragotelis tivera seu "Life's a Witch" contratado pela Simon & Schuster, outra das maiores editoras do mundo. 
Lilian Carmine narrava a história de Joe, garota que conhece um rapaz, Tristan --na verdade, um fantasma, algo de que ela não desconfia, embora ele nunca saia do cemitério. Esse era só o início, e Gillian Green ficou, segundo lembra, "apaixonada". 

Quando pensou em assinar como Lilian Carmine, a paulistana Bruna Brito, 35, tinha duas coisas em mente. 
A primeira era que o pseudônimo a deixaria à vontade, sem que conhecidos soubessem que ela escrevia romances juvenis na internet. Formada em artes visuais, ela já tinha certo nome como ilustradora e trabalhava para editoras como a Saraiva. 
A outra era que não haveria nativo de língua inglesa capaz de driblar os bês e erres de seu nome. Já que escreveria em inglês, sem nunca ter morado fora nem estudado mais que o "to be" na Cultura Inglesa, era bom evitar o trava-língua entre leitores. 

Lilian aprendeu o idioma por conta própria, diz, vendo séries e lendo --a obra completa de Terry Pratchett, todo o "Harry Potter", muito Neil Gaiman. Em "The Lost Boys", usa gírias e faz gracinhas, sem a dureza de quem escreve numa segunda língua. 
Joe e o fantasma Tristan são só uma ponta da trama, que inclui romance, fantasia e uma banda de rock. "Vou jogando estereótipos e desmontando-os. As meninas estão acostumadas com certos arquétipos e se surpreendem", diz Lilian, no prédio onde mora com o marido, na zona oeste de São Paulo. 
Ela conta que começou a escrever em inglês porque "queria ser lida". No Brasil, apesar de já trabalhar para editoras, cansou de esbarrar em negativas. Tem uma gaveta cheia de infantis inéditos.

Em novembro, Gillian escreveu para Lilian: "Adorei seu livro. Pode passar aqui na editora para conversarmos?". 
Lilian, incrédula, respondeu: "Fico felicíssima, mas vai ser meio difícil passar aí: eu moro no Brasil". 
A editora acha graça em não ter notado detalhes "estrangeiros" que agora reconhece no texto: "Estava tão envolvida que não notei. Em sites assim, são naturais probleminhas de texto. Quando ela falou que era do Brasil, pensei: 'Meu Deus!'". 
O contrato para uma trilogia foi assinado em novembro passado --o segundo livro, postado a partir de 2011, chegou a ter 1,4 milhão de visualizações antes de ser retirado do ar a pedido da editora. 
Do primeiro, ficou no ar um aperitivo de seis capítulos. Para não frustrar quem aguardava o terceiro livro, iniciou no site uma história paralela com os mesmos personagens. 

"The Lost Boys 1" sairá em setembro pela Ebury Press, que, na intrincada rede que abarca 19 países, é o maior selo de uma das cinco divisões do Random House Group, o braço britânico da americana Random House Inc. 
O gênero é "new adult", invenção recente do mercado editorial. Visa um público entre os 15 e os 30 e poucos anos, com a exclusão da denominação "juvenil". "É mais maduro e provocativo que 'Crepúsculo', que é 'young adult'", explica a editora. 
Antes mesmo de ter o livro pronto e de definir sua tiragem no Reino Unido, a Random House já vendeu direitos para Itália, Portugal e Brasil. 

Quem levou aqui foi a LeYa. "Comprei assim que soube, antes que entrasse em leilão", diz a publisher Maria João Costa. A versão nacional, também prevista para setembro, não será traduzida pela autora, que estará escrevendo o fim da trilogia. 
Lilian diz não ter recebido nenhuma proposta milionária, mas, com os adiantamentos e uma limpa na poupança, pretende passar um ano com o marido no exterior a partir de maio. Embora escreva bem, sente-se travada para falar em inglês. Quer estar afiada para poder dar entrevistas quando chegar a hora.


Trilogia The Lost Boys
1. Lost Boys - O verdadeiro amor nunca morre
2. The Lost Girls
3. Sem título

Beijão a todos!!


11 comentários

  1. Olá amiga!
    Essa trilogia me pareceu ser interessante. Não conhecia a autora e nem seus livros. Esperando por mais informações!
    Beijinhos

    As Leituras da Mila

    ResponderExcluir
  2. Oi Lilica,
    Eu estava interessada no livro, mas não tinha conhecimento de tudo que ele passou, agora tenho mais vontade de lê-lo.
    Beijocas ^^

    ResponderExcluir
  3. Oi Lilica!
    A história dessa autora é perfeita, daria outro livro! Gostei bastante da sinopse e fiquei bem curiosa, ainda mais porque estou procurando livros nacionais para ler...
    Beijos!
    http://sobrelivrosesonhos.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. O que é o destino né!!
    Tantos profissionais maravilhosos precisam ser reconhecidos lá fora para ter valor aqui no nosso Brasil... é uma pena, mas que bom que ela teve essa oportunidade.
    Quero ler e prestigiá-la, com certeza! :)

    ResponderExcluir
  5. Adorei conhecer mais sobre a história da autora.
    Fiquei impressionada quando disse que ela aprendeu inglês apenas com séries e lendo os livros de Harry Potter!!! Eu acho que vou fazer o mesmo porque preciso aprender inglês kkk
    Sucesso para a autora!

    ResponderExcluir
  6. Nossa que historia bacana a desse livro, eu não fazia ideia que a autora era brasileira que escreveu em inglês e usou pseudônimo, que coisa super bacana, a autora é uma pessoa incrível deu para notar isso.
    Beijos!!!

    ResponderExcluir
  7. Que história linda da autora.. ainda mais sendo brasileira, temos que dar valor para o que temos por aqui..porque se não damos valor, lá fora são prestigiados.

    ResponderExcluir
  8. Que história linda da autora.. ainda mais sendo brasileira, temos que dar valor para o que temos por aqui..porque se não damos valor, lá fora são prestigiados.

    (comentei de novo ..pq não estou mais usando essa conta acima)
    minha conta é cingrasan@gmail.com

    ResponderExcluir
  9. Ouvi falar super bem da trilogia e achei o enredo interessante. Mas não sei se leria. O legal é que é de uma autora nacional e eu não fazia ideia!
    Achei isso o máximo.
    É legal quando vemos uma obra bem escrita e que ganhou fama na internet ganhar uma editora assim.
    Quem sabe algum dia eu chegue a ler a obra, mas não é algo pelo que fiquei louca pra fazer.

    ResponderExcluir
  10. Não conhecia a série até pouco tempo e as críticas só tem sido positiva. Não é meu estilo preferido, mas sempre vale a pena dar uma conferida!
    Não sabia que a escritora era brasileira, ela já tem muitos pontos comigo!

    ResponderExcluir
  11. Não conhecia a autora, mas ouvi falar muito bem de seus livros. Estou louca para conhece-los!

    ResponderExcluir

Olá!!!
Obrigada pela visita.
Sua opinião é muito importante para mim.
Deixe o link do seu blog ou site para eu retribuir a visita.
Beijos Lizi